sábado, 4 de julho de 2009

não, não...

não me beijes os lábios, não passam de histórias para adormecer.
não me enterres em 1001 lençóis, são instintos a que não quero ceder.
não grites "para sempre", promessas nunca para cumprir.
não fales da cor dos cabelos e dos nomes dos nossos filhos, jamais verão a luz do mundo.

aquece-me a testa com o roçar da tua boca em gesto de compreensão e deseja-me boa missão.

até sempre,
(mas afinal de que servem despedidas se all the damn world is just a strange illusion?)

[o personagem desaparece de cena envolto em fumo, apenas uma forma de tornar misteriosa a queda de um anjo]

[ajoelha perante a Luz]

- aqui me tens conhecimento superior. não mais serei eu para ser parte de ti. renunciei.

[apaga-se a Luz]

"afinal que fazia eu num mundo onde imperam deuses que não os da minha fé?"
(renunciei. mas não em vão!)

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