Se tudo se resumisse a usar o furaDor, abrir cuidadosamente o arquivaDor e colocar lá dentro as páginas sangrentas da nossa existência certamente se pouparia uma quantidade incalculável de sal e a necessidade de com o agrafaDor coser as peças de um cristal partido. Cristal não pela sua beleza como facilmente se imagina, mas pela sua tão amarga fragilidade (ups, não é o cristal o padrão científico de dureza e por isso uma analogia mal empregue?).
É que se as entranhas não se revolvessem e as sinapses não nos levassem por contos de príncipes e princesas de que nem os trovadores nos seus melhores credos se lembrariam... bem... a vida seria uma rosa sem espinhos.
E de que viveríamos nós sem esta morte lenta que nos faz ver a vida correr inutilmente sem que isso nos preocupe minimamente?
Deixa andar, jerbásio, que se o curaDor for decente em menos de uma semana te veremos saltitão e sorridente, qual Dom Juan, procurando outra razão, para, em menos de uma penada, voltar aos prantos que afinal são o pão nosso de cada dia (e assim nos dai hoje, amanhã e depois!).
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